Bom dia!
Você já ouviu falar sobre “DISBIOSE INTESTINAL“? A Disbiose é um termo muito conhecido na Nutrição Funcional e que significa alteração da microbiota intestinal
Curiosidades:
Você sabia que nosso trato gastrintestinal é responsável por 7 funções essenciais a nossa sobrevivência? Digestão; Absorção; Função imune; Síntese de neurotransmissores; Produção hormonal; Detoxificação; Excreção.
Estômago: volume médio de 1,5 litros. Quando “vazio” 50 ml e até 6 litros quando completamente distendido.
Gases: “Com odor” relacionado à digestão de proteínas; “Sem odor” relacionado à digestão de carboidratos devido ou ao excesso de fibra solúvel ou a deficiência enzimática.
Antibióticos acabam com a flora intestinal por 10 meses, mesmo tendo hábitos alimentares saudáveis.
Quais os principais sintomas de uma disbiose?
A disbiose pode levar a síndrome da hipermeabilidade intestinal e alterações do sistema imune.
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- Olheiras;
- Bruxismo;
- Língua branca;
- Candidíase de repetição;
- Acne na testa;
- Aftas;
- Gases;
- Micose nas unhas (fungos);
- Quando evacua fica sem a sensação de esvaziamento completo; fezes que melam papel.
Consequências da DISBIOSE
- Infecções de repetição podem ser causa e também consequência da disbiose, principalmente após o uso de antibiótico;
- Dificulta o controle do colesterol;
- Achatamento das vilosidades intestinais e perda da permeabilidade seletiva
Condições associadas aa Hiperpermeabilidade Intestinal
- Doenças inflamatórias do intestino (colite ulcerativa, doença de Crohn, síndrome do intestino irritável)
- Sintomatologia abdominal geral
- Doença celíaca
- Artrite, artralgia, mialgia
- Acne e dermatites
- Psoríase, eczema, urticária
- Síndrome da fadiga crônica, cansaço
- Autismo, hiperatividade infantil
- Déficit de memória, concentração
- Hepatite crônica, pancreatite crônica
- Fibrose cística
- Hipersensibilidades múltiplas a químicos
- Hipersensibilidades alimentares
- Problemas respiratórios, asma
- Baixa tolerância a exercícios
- Hipertensão
- Doenças renais
- Doenças autoimunes
- Infecções recorrentes
- Candidíase crônica (boca, esôfago, reto, ânus, genitais)
- Microdesnutrição, anemias
- Carcinogênese
SINDROME DA HIPERPERMEABILIDADE INTESTINAL: “Conjunto de condições clínicas que ocorrem quando o sistema de defesa da mucosa GI são suplantados, resultando na alteração dos mecanismos de transporte do enterócito e na destruição da mucosa intestinal”.
E quais as possíveis causas para o desenvolvimento da DISBIOSE?
- Stress (↓ secreção do muco protetor, alteração da motilidade intestinal, ↓ imunidade)
- Presença de parasitas/bactérias patogênicas
- Alergias/hipersensibilidades alimentares
- Hipermeabilidade intestinal
- **Hipocloridria (saiba mais abaixo
) - Dieta com excesso de proteínas, gorduras e carboidratos
- Constipação ou diarreia
- Dieta de baixa qualidade
- Uso abusivo de medicamentos (laxantes, anti-inflamatórios, anticoncepcional e antibióticos)
- COMO SUSPEITAR DE MÁ ABSORÇÃO (atrofia das vilosidades):
- Sintomas de má digestão;
- Fezes excessivamente volumosas;
- Queda de cabelo e unhas fracas (Zn, CaB2, queratina, B6);
- Manchas nas unhas (Zn, Se, Ca, Fé, Vit A);
- Pele excessivamente envelhecida e ressecada (complexo B, AGEs);
- Avaliação Laboratorial: Vitamina B12, B9, Zinco, Cobre, Manganês;
E como a dieta favorece a A DISBIOSE INTESTINAL?
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- Carência de fibras;
- Carência de frutas e vegetais;
- Carência de alimentos integrais;
- Excesso de carboidratos simples;
- Excesso de proteínas;
- Excesso de gorduras;
- Álcool;
- Mastigação insuficiente;
- Líquidos nas refeições;
- Alergenos alimentares;
- Déficit de Zinco;
- Microdesnutrição;
Leia
E qual é o tratamento para a Disbiose?
Bem, se você chegou até aqui, deve ter observado o quão é complexo e abrangente é o termo Disbiose, agora faz sentido a máxima sobre “tudo começa no intestino”, frase que repito exaustivamente em consultório, seja quando o paciente me procura para perda de peso, tratar dislipidemias (aumento do colesterol/triglicerídeos), dores reumáticas, doenças auto imunes…e por aí vai.
Para o tratamento da DISBIOSE na Nutrição Funcional utilizamos o PROGRAMA DOS 6 Rs, que consiste em:
A colonização do trato gastrintestinal é “temporária” e não permanente; não é porque eu tratei uma vez, que não vou ter mais disbiose; sempre é necessário vigiar;
Para finalizar em relação ao tratamento da DISBIOSE é que não existe uma receita pronta para todos os pacientes, senão não trataríamos cada indivíduo, que é um dos preceitos da Nutrição Funcional. Existe o protocolo 6 rs que é a base do tratamento da DISBIOSE, mas deve ser aplicado de forma individual a partir de um rastreamento metabólico e de sinais e sintomas. O nutricionista FUNCIONAL é o profissional capacitado para orientação do protocolo.
Agora me conta, você sabia de tudo isso? se identificou com algum sintoma, ou conhece alguém que apresente? Vamos tratar? Me contate – clica aqui!
Ana Paula Gluck Karam – Nutricionista Clínica Funcional
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