Bom dia!🌼
Alguns pacientes que se recuperaram de COVID-19 relataram queda de cabelo alguns meses após o início da doença.
A patogênese, curso clínico e tratamento que envolve a queda de cabelo e COVID19 precisam ser melhor estudados, mas de qualquer forma, podemos fazer uma analise 🤔
O eflúvio telógeno*, acomete mais pacientes do sexo feminino e que passaram por algum tipo de estresse ou doença.
Eflúvio ou deflúvio é o termo dermatológico para designar a perda de cabelos decorrente de um distúrbio no ciclo de vida capilar. Existem dois tipos de eflúvio: anágeno e telógeno, na dependência de qual segmento do ciclo capilar está sendo acometido.
O eflúvio anágeno é característico nos pacientes submetidos à quimioterapia. Contudo, pode ocorrer em diversas situações: medicamentos, inflamação e infecção aguda sistêmica. O eflúvio telógeno, mais comum e predominando no sexo feminino, tem como principais causas a deficiência nutricional (anemia), estresse emocional e alterações hormonais (por exemplo, tireóide). Fonte: Wikipédia
⛔As carências nutricionais estão entre os fatores mais relevantes do eflúvio telógeno, sendo assim, se pensarmos em um paciente com COVID-19 que passou por um alto estresse metabólico e emocional, muitas vezes sem conseguir atingir os macronutrientes adequadamente (a fibra capilar é composta por 99% de proteínas) e um alto consumo de corticoides, podem sofrer com queda de cabelo pós COVID.
⚠️É importante o profissional nutricionista estar atento aos sinais e sintomas, solicitar exames para verificar carências nutricionais e fazer as correções sempre que necessárias.
CONDUTA NUTRICIONAL NA QUEDA DE CABELO
Verificar deficiências, principalmente deficiência de ferro, zinco, cobre, complexo B, silício, vitamina D, baixo consumo de proteínas (que gera deficiência de aminoácidos sulfurados cisteína, metionina e a lisina), ácidos graxos essenciais e dieta de alta carga glicêmica.
✔️Ferro: O ferro como componente da hemoglobina fornece energia às células da matriz folicular favorecendo a síntese capilar. A “captura” e uso do ferro no folículo capilar são influenciados pela presença de L-lisina na dieta. Fontes Alimentares: carnes vermelhas, gema de ovo, vegetais verdes escuros, leguminosas.
✔️Cobre: Ele contribui para o fortalecimento do cabelo, influenciando na estrutura adequada do fio. Sua deficiência pode ser a causa da redução de pontes de enxofre responsáveis pela força e elasticidade dos cabelos, resultando em cabelos quebradiços, fracos e encaracolados, com tendência ao envelhecimento precoce. Fontes Alimentares: leguminosas, caqui, caldo de cana, açúcar mascavo, brócolis, mel, ostras, ameixas, chocolate, nozes.
✔️Zinco: É um ativador de enzimas que estimulam a conversão de proteínas que possuem ligações sulfeto, necessárias para a construção do cabelo. Sua deficiência na dieta suprime o crescimento do
cabelo, pode levar ao eflúvio telógeno, cabelos brancos, quebradiços, finos e causar queda de cabelo principalmente em mulheres que usam diuréticos. Fontes Alimentares: frutos do mar, ostras, carne vermelha, semente de abóbora, gema do ovo, arroz integral, castanhas.
✔️Vitamina D: desempenha um papel essencial no ciclo folicular dos cabelos. Fontes Alimentares: óleo de fígado de bacalhau, leites enriquecidos, salmão e sardinha. Além da exposição solar ☀️ (clica aqui para saber mais sobre vitamina D)!
🍉🍇🍵 Polifenóis: favorecem a microcirculação capilar, prolongam a fase anágena (de crescimento) e inibem a 5 alfa redutase (principal enzima que aumenta a DHT). Fontes Alimentares: frutas, verduras, chá verde.
⚠️Outros nutrientes importantes: selênio, magnésio e silício, cálcio, vitamina A, complexo B (B3, B7, B9, B12) vitamina C e vitamina E.
👉🏼Consumir ácidos graxos Ômega 3 (EPA e DHA) e reduzir gorduras saturadas (como frituras e excesso de carnes) é essencial!
Além da correção de deficiências nutricionais é importante reduzir a carga glicêmica (CG) da dieta, consulte seu nutricionista! 👉🏼 que aumenta a secreção de sebo que leva a distúrbios da queratinização, inflamação no folículo (devido à alteração na composição do sebo) e queda. A hiperinsulinemia promove aumento de DHT, hipóxia no couro cabeludo, redução do SHBG e aumento da produção de andrógenos.
Bjo💋
Nutri Ana